Venda da Ypioca para a Diageo

 

O Jornal O Globo anuncia que ontem, dia 28 de maio de 2012 pela britânica Diageo adquiriu 100% da brasileira Ypióca. A transação de R$ 900 milhões inclui, além da marca, uma unidade de produção em Paraipaba/CE, uma engarrafadora em Fortaleza/CE e um centro de distribuição em Guarulhos/SP. As demais empresas da holding Ypioca ainda continua com a família Teles fundadora da empresa em finais do século XIX.

Essa operação vem coroar um ciclo de aquisições de grandes marcas de cachaça por grandes grupos multinacionais de bebidas. O que nos aponta  um desenvolvimento do mercado de cachaças no país, uma vez que o discurso dos compradores, a exemplo da Diageo, se baseia em marca e sinergia das operações como um dos principais argumentos da negociação.

Everaldo Telles, bisneto do português Dario Telles de Menezes, então presidente do Grupo vendido ainda continuará no conselho da nova empresa, enquanto seus filhos que possuíam cargo de gestão no grupo passarão a administrar o remanescente da holding.

Vale lembrar que a Diageo já é proprietária da marca de cachaça Nega Fulo no Brasil com presença destacada nos pontos de dose na cidade de São Paulo e outras regiões,e ainda proprietária no mundo das marcas Johnnie Walker e Smirnoff.

Os planos da Diageo seria a exportação do produto considerando o pequeno volume de cachaça que destina ao exterior, segundo seu presidente Otto Von Sothen.

De qualquer forma, ainda é cedo para avaliarmos os efeitos desta negociação sobre o mercado, mas uma coisa é fato: o Brasil é um mercado emergente e está no foco das grandes companhias, uma vez que o consumo de bebidas alcoolicas  pelo brasileiro ainda é baixo, cerca de 6,5 L por ano, enquanto na Europa esse volume chega a 13 L por ano por habitante.

Vamos aguardar, enquanto isto existem cerca de outras quatro mil marcas para apreciarmos.

Cacharitiba 2012

Foi um grande sucesso a 1ª Cacharitiba ocorrida na última semana no Mercado Municipal de Curitiba, presentes produtores do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Dentro do evento aconteceu o 1º Curso de Cachacier promovido pela Vô Milano Cachaçaria e conduzido pelo cachacier Manoel Agostinho Lima Novo. No final do curso uma visita ao Alambique da Cachaça Porto Morretes e depois fechando com um almoço no Cana Benta com entrega dos certificados e titulos aos participantes. O evento superou as expectativas.

Cachaça nos EUA

 

Os Estados Unidos vão reconhecer a cachaça como um produto exclusivo e genuinamente brasileiro. O processo de reconhecimento foi iniciado oficialmente hoje, em Washington, com a troca de cartas assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk.
 
A cerimônia também contou com a participação de Carlos Lima, diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), entidade que reúne fabricantes da bebida. Por seu lado, o Brasil vai reconhecer como legitimamente americanos os uísques do tipo Bourbon e Tenessee. "É um desfecho importante para os dois países de uma negociação que durou os últimos dez anos", disse Pimentel durante o evento.
 
Além de garantir que se trata de uma bebida típica e exclusiva do Brasil, o reconhecimento vai permitir às empresas brasileiras venderem o destilado nos Estados Unidos apenas com o nome de cachaça. Como a classificação de bebidas nos Estados Unidos baseia-se na matéria-prima de origem e, o rum e a cachaça são produzidos a partir da cana-de-açúcar, e o rótulo das garrafas da bebida brasileira, desde 2000, deveria conter a expressão “Brazilian Rum”(rum brasileiro), sem permitir a diferenciação dos dois destilados, dos seus parâmetros físico-químicos e das suas características sensoriais.
 
Os diálogos entre os EUA e o Brasil envolvendo a cachaça são antigos. Há cerca de 40 anos a bebida faz parte de tratativas entre os dois países. O diálogo se intensificou na última década, justamente depois da obrigação de uso da expressão “Brazilian Rum” nos rótulos do destilado brasileiro. As discussões foram lideradas pelos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e das Relações Exteriores (MRE) e pelo Ibrac.
 
Com a mudança, a promoção da cachaça no mercado americano poderá levar em conta seu caráter típico, tradicional. Também fica proibido o uso da denominação cachaça por empresas de outros países. Em 2011, as exportações de cachaça foram US$ 17,3 milhões para todo o mundo. Desse total, US$ 1,8 milhão, pouco mais de 10%, foi vendido para os Estados Unidos.
 
Publicado no site www.portaldailha.com.br

 

 

Deu em 1º de abril deste ano, na Financial Time, revista norte americana a reportagem de Joe Leahy, sobre a nossa querida cachaça.

 

Brasil-EUA parentes,  próximos de acordo.

O caso da cachaça, a aguardente de cana  de açúcar do Brasil  utilizada no cocktail,  a caipirinha, não é provavelmente a primeira coisa sobre a mente do presidente dos EUA Barack Obama, enquanto se prepara para uma visita do seu homólogo brasileiro, Dilma Rousseff, na próxima semana.


Mas, revertendo uma recusa dos EUA de longa data de reconhecer a bebida brasileira como distintivo de rum do Caribe - assim submetê-lo a um tratamento fiscal adverso sobre as importações de cachaças destinadas a proteger os produtores de Ilhas Virgens Americanas e Porto Rico - é um dos vários asssuntos positivos que Obama poderia oferecer à Presidente Dilma quando ela chegar em 9 de abril.

 

 

Veja aqui alguns rótulos antigos de cachaça que não fabricam mais - expostos no Centro de Cultura Laurinda Santos Lobo em Santa Tereza - Rio de Janeiro

 

Vá no icone Galeria de Fotos e aprecie alguns destes

 

Bolo de Chocolate com Cachaça

. 200 g de biscoito Maisena

. 200 g de castanha-do-pará, nozes ou amendoas
. 1 xícara (chá) de manteiga 
. 500 g de chocolate meio amargo
. 500 g de chocolate ao leite
. 2 e 1/2 xícaras (chá) de creme de leite dessorado
. 2 colheres (sopa) de Cachaça envelhecida em Carvalho

Para decorar:
. Calda de chocolate
. Ramos de hortelã

 

Modo de preparo:

No liquidificador, bata o biscoito e metade da  de castanha, amendoa ou nozes, a que estiver usando. Em seguida, junte  à manteiga em temperatura ambiente e forre a forma, contornando toda ela com a massa.

Aqueça o creme de leite e quando morno derreta os  chocolates nele  e acrescente o restante da castanha, amendoa ou nozes. Junte a Cachaça  e misture até ficar homogêneo. Despeje a mistura dentro da  forma sobre a massa e leve à geladeira por 5 horas.  Decore a torta depois de desformada com calda de chocolate quente, um ramo de hortelã ou cravo.

 
Pudim de Banana e Cachaça com Calda de Especiarias

INGREDIENTES:
60g de banana- passa picada,
1/2 xícara (chá) de cachaça,
1 xícara (chá)de creme de leite,
1/2 xícara (chá) leite,
1/4 xícara (chá) de açúcar,
3 folhas de gelatina sem sabor incolor
 
MODO DE PREPARO:
Colocar em uma tigela a banana picada para hidratar com a cachaça.
Em uma panela, colocar o creme de leite e o leite até ferver, após a fervura retirar do fogo e acrescentar o açucar incorporando bem. Juntar ao leite a gelatina ja hidratada conforme as instruções da embalagem, dissolvendo-a bem.
Adicione a banana e a cachaça a mistura.
Coloque a panela sobre um recepiente com gelo e mexa com força até a mistura começar a ganhar consistência. Unte forminhas individuais com óleo de soja, deixando o mínimo de óleo o possível em cada forminha e leve para gelar por mais ou menos 1 hora.
Desenformar e servir com a calda.
 
Calda :
250g de açúcar
250 ml de água Anis à gosto, canela em rama à gosto, cravo à gosto,
Pimenta do reino em grãos à gosto
Cachaça a gosto
Ferver tudo em uma panela rasa, até adquirir a consistencia de calda de açucar. 

 

 

 

CACHAÇA A SAUDE PARA MULHER

 

Um estudo, publicado na revista científica PLoS Medicine, concluiu que as mulheres que bebiam com moderação - meio litro de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado por dia - tinham chances bem maiores de chegar com saúde aos 70 anos do que as que bebiam demais ou do que as abstêmias. 

A análise dos hábitos de 14 mil mulheres também concluiu que é melhor beber menores quantidades ao longo da semana que concentrar o consumo de álcool nos fins de semana. Em comparação com abstêmias, mulheres na faixa dos 50 anos que bebiam de 15g a 30g de álcool (uma a duas bebidas) por dia tinham 28% mais chance de atingir o que os cientistas americanos chamaram de "envelhecimento saudável", que significa um bom nível geral de saúde, livre de problemas como 
câncerdiabetes e doenças cardíacas a partir dos 70 anos. 

Os especialistas não sabem, no entanto, se é o álcool que gera o benefício ou se outras coisas que acontecem simultaneamente nas vidas dessas mulheres que as tornam mais saudáveis. Os pesquisadores dizem que tentaram controlar fatores como fumo, que poderiam afetar os resultados. 

 

UMA BOA RECEITA

Arroz com Costelinha de Porco

Ingredientes:
Costelinha de porco
Bacon em pedacinhos
1/2 pimentão picadinho
1 cebola picadinha

1 calice de cachaça pura
Arroz
Tempero verde

Preparo
Numa panela de barro fritar a costelinha de porco cortada em pedaços miúdos refogar em alho e sal, mexer de vez em quando e deixar apurar bem. Quando estiver bem moreninha retirar e separar. Verificar a quantidade do óleo que se formou (para que a comida não fique muito gorda). Fritar o bacon, separar no cantinho da panela, juntar o pimentão e a cebola e esperar fritar um pouco. Juntar o bacon e o arroz já lavado.
Refogar com a costelinha que estava separada, jogar a cachaça bem quente, esperar por dois minutos,  juntar água quente o suficiente para cozinhar. Mexer de vez em quando para distribuir bem a costelinha. Provar o sal. Depois de pronto polvilhar com o tempero verde. Pode ser servido com uma salada verde bem temperada. 

 

Visita a 29° Festival de Pinga de Paraty

 

 

Foi muito animado e com grande sucesso o Festival de Paraty, todas as cachaças presentes, à prova e melhor ainda com seus produtores presentes à Feira falando de seu produto e dando toda atenção aos visitantes. Fiz uma visita a cada um dos stands nomeando-os Mare Cheia, Pedra Branca, Mulatinha, Paratiana, Corisco, Coqueiro, Engenho Douro, Maria Izabel, todas excelentes cachaças.

 

Destaque para uma visita ao alambique da Fazenda Santo Antonio onde se produz a Cachaça Maria Izabel, fomos recepcionado pela produtora de mesmo nome, que com imenso prazer mostrou sua propriedade, mostrou o alambique e ainda nós ofereceu uma excelente degustação de suas cachaças, pura, celeste e as envelhecidas em carvalho e jequitibá, impossivel descrever qual era a melhor.

 

A cidade com sua história e sua farta gastronomia nos recebeu de braços abertos, como sempre o fez.

Um fato fantastico foi a venda do meu livro VIAGEM AO MUNDO DA CACHAÇA no stand da Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Parati.

 

Maravilhoso!

 

Cachaça Ecológica

Com esse Programa "alambiques verdes" os produtores têm mais facilidade em conseguir empréstimos bancários, mais segurança no manejo da cultura, são ambientalmente corretos e agregaram valor ao produto, até mesmo para exportação.

Para conseguir a licença, os produtores precisam fazer as adequações necessárias nas propriedades para reduzir os impactos causados pela atividade ao meio ambiente e às pessoas.

E o esmero com esses produtores não é à toa. A atividade emprega mais  cinco mil pessoas no Estado do Espirito Santo, por exemplo. O setor tem um giro financeiro anual em torno dos R$ 30 milhões anuais. A há certamente uma tendência  que esses números, que já são bastante positivos, é cresçam.

A qualidade da cachaça  evoluiu muito nos últimos anos. O produto já é reconhecido em muitas partes do Brasil. Trabalhando a sustentabilidade da produção, com manejo adequado e comprometimento ambiental, fica muito mais simples, por exemplo, exportar.

O consumidor externo,  busca muito mais do que um produto, mas um conceito.Ter respeito social e ambiental é um passo muito importante para chegarmos a outros mercados.

As vantagens da produção ambientalmente sustentável vai além da venda para outros países. O produtor tem acesso mais fácil às linhas de crédito bancárias, que se traduz em investimentos, que gera emprego. Enfim, é um círculo virtuoso que se inicia com o licenciamento.

 

Cálice Recomendado

A Fenaca (Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique) e da Coocachaça (Cooperativa de Produção e Promoção da Cachaça de Minas) desenvolveram o design, a criação e a produção do cálice oficial da cachaça.

As duas entidades tiveram papel destacado na luta pela qualificação da bebida, pela certificação mundial de origem controlada e pelo aumento da exportação do produto. A taça atende às exigências do consumidor brasileiro jovem e sofisticado que, cada vez mais, adota a cachaça fina em substituição aos destilados importados.

A adoção de uma taça específica, para cachaça, quebra um pouco o que ainda existe de preconceito e tira a cachaça de uma possível baixa sofisticação. Consequentemente acaba valorizando o produto.

Na realidade, o antigo copo de cachaça não combinava mais com o novo perfil de bebida requintada que a cachaça assumiu. A nova taça, portanto, possui a sofisticação que a cachaça de qualidade merece.

Seu formato foi estudado exatamente para favorecer a degustação, a partir de um protótipo feito artesanalmente por umacristaleria de Portugal, em 1998.

O cálice tem 13 cm de altura, com capacidade para 140 ml, uma base arredondada e é mais fechado na borda. A haste alongada não deixa o calor da mão interferir na temperatura da bebida. O ângulo estreito ajuda a concentração do feixe dos aromas característicos da bebida.

Em um copo comum, quando a borda é mais espessa e reta, o aroma tende a se espalhar e o bouquet se perde.

A nova taça também permite a observação da cor, oleosidade, limpidez, brilho e a formação das lágrimas da bebida – em uma boa cachaça, grandes gotas devem ser constantes e homogêneas e escorrer lentamente pela superfície interna e translúcida.

 

Pernil com cachaça

Hoje voce vai aprender a fazer um delicioso pernil com cachaça, veja a receita:

Ingredientes

 

2 cebolas médias

Sal grosso

2 cenouras

2 talos de salsão

4 tomates sem sementes

pimenta-do-reino

1 pimentão verde ou vermelho

4 dentes de alho

1 pernil pequeno sem osso

3 folhas de louro

1 litro de cachaça 

Modo de Fazer

 

Elimine parte da gordura do pernil, mas não elimine totalmente. Um pouco de gordura é importante para o sabor final da receita. Coloque em um processador a cebola, cenoura, salsão, alho, pimentão e tomates. Processe rapidamente para não fazer uma pasta, ou então, pique finamente estes ingredientes com uma faca. Coloque o pernil em uma assadeira e com uma faca fina faça alguns furos na carne. Tempere generosamente com sal grosso e pimenta-do-reino, cubra com os vegetais picados, acrescente a folha de louro e regue com toda a cachaça. Cubra, coloque na geladeira e deixe marinando por 6 a 8 horas. Vire o pernil e marine por mais 6 horas. Embrulhe a assadeira com papel-alumínio e asse o pernil em forno médio/baixo por 4 horas. Retire o papel-alumínio, aumente a temperatura do forno e asse por mais 2 horas, regando sempre com os sucos que se formam na assadeira. Retire o pernil e deixe esfriar. Se quiser preparar um molho, regue a assadeira com uma xícara de água, retire juntamente com os vegetais e passe por uma peneira grossa. Fatie a carne e faça sanduíches regando o pão com um pouco do molho.

 

Cachaça Fascinação

Na região de Salinas Minas Gerais, é produzida a cachaça FASCINAÇÃO. Este nome foi dado pelo produtor em homenagem à música de mesmo nome gravada por Elis Regina. Quem lembra da música?

Homenagem à cachaça

Em 2001 a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense no Rio de Janeiro desfilou no carnaval com um samba enredo homenageando a cachaça, eis a letra do samba para quem não recorda:

 

CANA-CAIANA, CANA-ROXA, CANA-FITA, CANA-PRETA, AMARELA,
PERNAMBUCO...QUERO VÊ DESCÊ O SUCO, NA PANCADA DO GANZÁ

 

Composição: Guga, Tuninho Professor, Marquinho Lessa

 

Cana-caiana,
Cultura que o árabe propagou
Apesar dos cruzados plantarem,
A cana na Europa não vingou
Mas conta a história que em Veneza
O açúcar foi pra mesa da nobreza
Virou negócio no Brasil, trazida de além-mar
E, nesta terra, o que se planta dá
Gira o engenho pra sinhô, Bahia faz girar
E, em Pernambuco, o escravo vai cantar

(Quero vê)
Quero vê descê o suco até melá
Na pancada doce do ganzá

Pinga...
Olha a cana virando aguardente
No mercado do ouro atraente
Paraty espalhou a bebida
Pra garimpar, birita tem
Na Inconfidência foi preferida
Pra festejar, o que é que tem ?
Tem Carlos Cachaça, não leve a mal
Taí a verde-e-rosa em meu carnaval
(vem provar minha cachaça)

Vem provar minha cachaça, amor ôôôô
O sabor é verde-e-branco
Passa a régua e dá pro santo
Que a Imperatriz chegou

 

 

 

 

Cachaça Magnifica

 

O nome Magnífica dada pelo seu produtor João Luiz na Fazenda Anil (Vassouras-RJ) foi uma homenagem à sua esposa que na época atuava como reitora de uma Universidade no Rio de Janeiro, como o titulo de reitor (a) é Magnifico (a) nada mais nobre que homenageá-la.

 

 

CACHAÇAS DO VALE DO PARAIBA

 

 

O Vale do Paraíba, assim conhecido por marginar o Rio Paraiba do Sul que nasce no Estado de São Paulo, segue pelo Estado do Rio de Janeiro limitando este com Minas Gerais em determinado trecho e desagua em Campos dos Goitacazes, celebra  momentos heróicos da pátria e festas pagãs com cachaça de primeira.

 

 

Entre as várias marcas de cachaça ali produzida, que não daria para enumerá-las , destacamos no trecho paulista duas preciosas jóias, a Sapucaia e Mato Dentro. A Sapucaia investiu muito em qualidade e tira o máximo proveito das boas condições da terra para fazer uma das melhores cachaças do Brasil, a Sapucaia Reserva da Família, que pode ser encontrada nas grandes redes de supermercados, provando que um empreendimento altamente profissionalizado pode sim se apoiar na qualidade. Até na retirada da cana ali se usa carro de boi, evitando assim a poluição do óleo diesel dos tratores. A Mato Dentro é o oposto em termos de porte, mas similar no resultado.  É produzida no pequeno municipio de  São Luiz do Paraitinga, que há pouco tempo viveu momentos de tragédia com inundações. Artesanal mesmo, feita pelo sr. Cembranelli, com distribuição limitada, criou fama entre os viajantes que passavam pela região a caminho do litoral . Ambas foram consideradas  excelentes e entre as vinte melhores cachaças do Brasil. É difícil de comprar fora do trecho, mas quem quiser pagar mais caro pode experimentar a Série A, da Angelina, nas versões Premium Ouro e Premium Prata. Dentro da garrafa vai a boa pinga Mato Dentro.

 

 

Depois, seguindo caminho aparece a famosa e deliciosa Conceição produzida na cidade de Aparecida, envelhecida em carvalho com 40% de álcool e considerada uma maravilhosa cachaça, é produzida pela familia que a criou ha 100 anos. Depois de Aparecida a parada certa é em Caçapava onde podemos deliciar a lendária Alambique do Antenor, que povo de lá chama de "Antenor" somente

De modo geral, encontramos nos alambiques do Vale do Paraíba uma cachaça típica em seu pronunciado sabor de cana, algo rústica, ligeiramente adocicada, que pode ser tomada nova, mas ganha muita qualidade com o envelhecimento. A madeira preferida na região é o carvalho. Entre as boas canas novas, de preço acessível, destacam-se Fortaleza e Santo Antonio, de Taubaté, Luizense, de São Luiz , a Campeã do Vale, do mesmo alambique da Antenor e a Três Pontes, de Cunha. No trecho fluminense destaque para a Rochinha produzida em Barra Mansa, Barril 39 de Valença, Seresta tambem de Valença , Clarinha de Barra do Piraí, Santa Rosa de Rio das Flores, Vilarejo de Valença, Magnifica de Vassouras, Menina do Rio de Sapucaia, a Da Quinta de Carmo e muitas outras sem falar nas que ficam em Itaocara, Paraiba do Sul, Lajes de Muriaé, São Fidelis, Italva, Cardoso Moreira e ate mesmo em Campos de Goitacazes.

 

 

CACHAÇA CARA!! MAS, MUITO BOA

 

 

O produtor Mario Marques da Industria Araxa, produtor da Dona Beja utilizando uma cachaça de 1972 envelhecida em carvalho, engarrafou a mesma em louça pintada a ouro, vendendo-a a R$ 1.500,00 a garrafa na ultima feira da Expominas, trata-se da Sarau Dona Beja. Ele conta que produz em media 40 garrafas desta anualmente e que num leilao nos Estados Unidos uma garrafa desta foi arrematada a US$ 15,000.00. Fora isto ele produz em media 150 mil litros de cachaça por ano, exportando 15% para os EUA. Veja a foto abaixo.


 

 

Curiosidades, história e receitas

 

 

ALGUNS NOMES DE CACHAÇA E SUAS JUSTIFICATIVAS

 

Algumas das cachaças abaixo renderam nomes a eventos da nossa história:

Em 1961 - surgiu a GUANABARA em homenagem a um novo Estado da Guanabara, tambem nesse ano apareceu a BRASILIA em homenagem à nova Capital

Quando a FEB chegou na Normandia surgiu no Brasil a cachaça ALIADA  e ainda a VITORIA que surgiu com a declaração de fim da Segunda Guerra Mundial.

A KISS surgiu na visita do americano Henry Kissinger

PODERES OCULTOS surge em homenagem ao pres. Janio Quadros

A 18 surgiu em homenagem aos 18 do Forte

A AVIAO surgiu quando foi inaugurada a ponte aera Rio São Paulo

A BR3 homenageou a atual BR 040 - auto estrada

A PELE rendeu homenagem ao tri campeonato de futebol

 

E a primeira cachaça industrializada  no Brasil foi a MONJOPINA produzida em Pernambuco e o dois alambiques mais antigos ainda em funcionamento ficam em Paraty - RJ e Cel. Xavier Chaves - MG

 

 

 

PILULA DE CACHAÇA

 

 

Enquanto alguns cientistas tentam esmagar átomos, outros procuram vida no espaço, alguns pesquisam a cura do câncer e outros bom, outros descobrem uma maneira de transformar alcóol em pó, para fabricar pílulas de birita. 


Uma técnica desenvolvida pelo professor Evgeney Moskalev permite solidificar qualquer tipo de álcool, pulverizá-lo e então transformar o pó em pílulas. O processo pode ser aplicado em qualquer bebida, seja whisky, conhaque, vinho ou até mesmo cer-veja. Apesar que uma pilula de cerveja derrubaria completamente o propósito, que é de uma bebida refrescante. 
Como o professor Evgeny é russo, provavel-mente a primeira pílula de birita será a de vodka. Apesar de não ser gostoso como um bom drink, a pílula tem a vantagem de per-mitir um controle mais preciso de quanto álcool você está ingerindo, evitando aquela ressaca pesadíssima no dia seguinte.

 

 

FENOMENO "HAVANA"

 

 

Uma das disputas sobre marcas de maior repercussão no País completa mais de uma década sem perspectivas de um acordo. A briga que opõe uma fabricante internacional de rum e a família que produz a mais famosa aguardente artesanal mineira foi parar nos tribunais depois que, em 31 de janeiro de 2001, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) arquivou o pedido de registro da cachaça Havana.
A decisão obrigou a pequena indústria de aguardente a alterar o nome nos rótulos, já que a marca havia sido registrada pela Havana Club Holding S/A, do rum Havana Club. Em outubro de 2005, os herdeiros de Anísio Santiago - que em 1943 iniciou a produção da cachaça Havana, na fazenda de mesmo nome, localizada na Serra dos Bois, em Salinas, no norte de Minas - conseguiram reaver o nome por meio de liminar, mas agora lutam para ter a marca em definitivo.
“Está fazendo dez anos, a gente esperava que já tivesse uma solução”, reclama João Ramos, genro de Anísio Santiago, que morreu em dezembro de 2002, aos 90 anos. Segundo familiares, ele faleceu extremamente desgostoso com a perda da marca, tanto que pediu que colocassem fogo em todos os rótulos da Havana.
Na tentativa de conseguir reverter a decisão do INPI, herdeiros de Anísio pediram ajuda a políticos do Estado. No início do governo Lula, o ex-vice-presidente José Alencar - cuja família também é produtora de cachaça - encaminhou carta à direção do instituto. No ano passado, Ramos fez um apelo à então candidata Dilma Rousseff quando, durante a campanha, ela visitou Montes Claros, cidade vizinha a Salinas. 
No fim de 2010, ele participou de uma audiência em Brasília com o ex-ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “A gente tem buscado apoios, mas tem sido uma luta inglória. Por que outros países defendem os seus produtos, a França defende seus vinhos, seus queijos, e nós não defendemos a nossa cachaça?”, questiona.
A liminar concedida pela Comarca do município à Indústria e Comércio de Aguardentes Havana foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O processo de dez volumes foi remetido em 2008 para a 8.ª Vara Federal de Belo Horizonte e aguarda sentença desde junho. Figuram como réus o INPI e a Havana Club Holding.

 

 

FIM DA RESSACA

Uma professora de Guaxupé, no Sul de Minas, produziu uma cachaça que promete deixar para trás a velha ressaca. Com a ajuda de um extrato de própolis, ela conseguiu produzir uma bebida de baixa acidez. Durante a fermentação do caldo de cana de açucar, a professora adicionou o extrato de própolis, usado para combater contaminações.

Segundo a professora Isabel Ribeiro do Valle Teixeira, depois que o líquido foi destilado, ela comprovou que o própolis também impediu a formação de um grande número de ácidos orgânicos, substâncias essas que causam a ressaca. A pesquisa, que começou na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP), foi tema da tese de doutorado da professora.

A nova cachaça é parecida com a tradicional, mas segundo a professora, sua composição química supera o nível das melhores aguardentes do país. Isso em função das propriedades biomoleculares que compõem o produto.

 

 

 

 

 

 A LUA

A lua sempre foi fonte de inspiração para os produtores de cachaça na hora de dar nome ao rótulo. Como curiosidade estamos colocando abaixo nomes de algumas cachaças que tem lua como fonte inesgotável de sugestões, vejam:

Luar do Campo - carvalho - RJ

Pedra da Lua - pura - MG

Rancho da Lua - carvalho - MA

Vou à Lua - prata - MG

Meia Lua - bálsamo - MG

Lua Cheia - bálsamo - MG

Lua e Cana - carvalho - MG

Lua Nova - amburana - MG

Só Luar - bálsamo - MG

30 Luas - carvalho - RS

Lua Branca - pura - MG

Lua Negra - carvalho - MG

4 Luas - carvalho - PR

Cana e Lua - jequiutibá - MG

Banho de Lua - carvalho - SP

Clarão da Lua - pura - SP

Enluarada - carvalho - GO

Lua de Mel - pura - CE

Luar de Prata - pura - MG

Da Mata Luar - jequitibá - ES