AVISO AOS INTERESSADOS!

O Curso de Introdução ao Mundo da Cachaça que vai acontecer nos dias 27 e 28 de abril no Rio de Janeiro, já está com as inscrições abertas e muitos inscritos, garantam logo a vaga, peça o programa com todas as informações pelo email contato@mundodacachaca.com, veja o flyer abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

Teste da Revista Veja-BH

 

 

 

Projeto de Instrução Normativa

 

 

 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Secretaria de Defesa Agropecuária, colocou em consulta pública Projeto de Instrução Normativa, que aprova os procedimentos de
controle do envelhecimento da bebida alcoólica e demais produtos, com previsão de envelhecimento.
Quem quiser opinar pode se manifestar podendo enviar até 21/03/2013, email com sugestões para o endereço  contato@mundodacachaca.com.
 
abaixo o link do Projeto, para consulta e sugestões:
 
 
 

 

 

CACHAÇAS WERNECK

 

AS CACHAÇAS WERNECK SÃO CERTIFICADAS PELO INMETRO

 A Werneck acaba de receber sua certificação Inmetro. É a 2ª do estado do Rio de Janeiro e 25ª do Brasil. Nada mal para um pequeno produtor que iniciou sua produção em 2008 e só  começou a vender  suas cachaças em abril de 2010.

 Para quem conhece as cachaças Werneck e a Destilaria Werneck, não há surpresa.  As 3 cachaças, agora certificadas, já são premiadas. 

 Perguntado como conseguiu em tão pouco tempo ter todas as cachaças premiadas Eli Werneck, sócio proprietário e mestre alambiqueiro das cachaças Werneck responde: “É uma questão de Cultura de Qualidade.  Qualquer produtor pode ‘acertar a mão’ uma vez ou outra, mas para você garantir sempre a qualidade de um produto, é necessário definir claramente os procedimentos e segui-los rigorosamente.  É ser intransigente e não aceitar o bom ou o razoável se você pode fazer o excelente.  É planejar bem cada atividade ou cada novo projeto para fazer bem feito desde a primeira vez.  A Cultura da Qualidade é algo a ser desenvolvido nas pessoas”.

Segundo Eli, receber a certificação não foi difícil. As boas práticas que já existiam e as ótimas instalações já atendiam cerca de 80% dos requisitos do RAC (Regulamento de Avaliação da Conformidade para Cachaça) . “Criar os outros 20% foi rápido, fácil e útil para nós”, diz Eli.

A Werneck foi a primeira produtora a receber a certificação em um grupo de 15 produtores do estado do Rio que se candidataram ao Programa Nacional de Certificação de Cachaça – PNCC – desenvolvido pelo Inmetro e Sebrae em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O custo da Certificação é, em grande parte, subsidiado pelo SEBRAE.

A certificação do Inmetro significa uma garantia de alta qualidade.  Os padrões de exigência do Inmetro para cachaça são mais rigorosos que os padrões impostos pelas autoridades britânicas para o uísque. A Certificação Inmetro é acreditada em cerca de 80 países.

SOBRE A CERTIFICAÇÃO INMETRO

 A Certificação Inmetro para Cachaça é um somatório da ISO 9002 com a ISO14000 e requisitos técnicos específicos para produção de cachaça de alambique de qualidade.  O  RAC, em certos pontos, segue as normas do Ministério de Agricultura e em outros é mais exigente. Na prática, é um certificado de “Quality Assurance” que também atesta que a cachaça certificada é produzida com responsabilidade social e ambiental. Isso deverá ser um diferencial para os clientes no mercado doméstico, e com certeza já é para clientes institucionais no mercado internacional.

SOBRE A DESTILARIA WERNECK E O CASAL DE PRODUTORES

A Destilaria Werneck é conduzida pelo casal Cilene e Eli Werneck.  São eles próprios que produzem a cachaça. Estudaram bastante antes de iniciar o negócio e estão continuamente se atualizando.  Cilene, artista plástica de formação, é perfeccionista e caprichosa ao extremo. É ela que prepara o fermento e cuida diariamente do pé de cuba. Também é ela que cuida da análise sensorial de todos os lotes de engarrafamento.  E o faz com grande rigor. Cilene também cuida, no dia a dia, de diversas etapas do controle de qualidade e da rotulagem. Já Eli, engenheiro, foi responsável pelo projeto e construção da destilaria e, desde o início,  é o alambiqueiro (quem faz a destilação) e responsável pelo armazenamento em barris e tonéis, pela preparação de lotes e pelo engarrafamento.  Cem porcento das garrafas passam pelas mãos desse casal que, caprichosamente, trata cada uma como se fosse um filho amado.

 Eli, desde o início, colocou sua  experiência de engenheiro e executivo de multinacional por mais de 30 anos e desenhou detalhadamente cada fase do processo, criando relatórios de controles. Há planilhas para  tudo e a rastreabilidade é total. Olhando uma garrafa, pela etiqueta de lote, é possível dizer de que área do canavial saiu a cana e em que dia ou período ela foi cortada e moída.

 Os 3 colaboradores cuidam da cana, da moagem e da limpeza e sanitização diária (importantíssimo). “Eles são dedicados e comprometidos. O que tem menos tempo de casa, já está conosco há quase 3 anos”, diz Eli Werneck. E continua: “Não concebo fazer cachaça garantidamente de qualidade de outra forma. É preciso ser sempre intransigente e seguir rigorosamente os procedimentos certos”.

Cilene e Eli Werneck trabalham para conscientizar o público que beber é questão mais de qualidade que de quantidade.  Que uma boa bebida se deve degustar devagar.  E que beber deve ser com moderação e com responsabilidade.

Entre produtores, Cilene e Eli trabalham em favor da contínua elevação dos níveis de qualidade.

Eli Werneck é presidente de uma associação regional de produtores,  Cachaças do Vale  e diretor financeiro da associação estadual de produtores,  APACERJ- Cachaças do Rio.

CACHAÇAS PREMIADAS 

As três cachaças que atualmente compõem o mix de produtos da empresa já receberam prêmios reconhecidos no mercado brasileiro - a Tradicional (branca) com um primeiro lugar, a Prata (armazenada em jequitibá) com uma medalha de prata e a Ouro (Premium envelhecida em carvalho) levou uma medalha de prata entre as Premium e Extra Premium, em âmbito nacional.

 Para mais informações, procure Aurélia Werneck (contato@cachacawerneck.com.br ).  Visite também nosso website: www.cachacawerneck.com  

 

 

 

 

Cachaças Pendão inaugura novo alambique e escritório em Miami

 

Expectativa é ter crescimento anual de R$ 4 bi e triplicar as vendas no mercado externo. Investimento de mais de R$ 1,5 milhão também inclui sede própria

 

Já está em operação, em Melo Viana, distrito de Esmeraldas, o novo alambique da Cachaça Pendão. O segundo empreendimento da empresa, que possui outro alambique na área rural de Itatiaiuçu, gerou um investimento de, aproximadamente, R$ 1 milhão.

 

De acordo com o presidente da Cachaças Pendão, Giovanni Viotti, a estrutura foi preparada para suportar um crescimento superior a dez vezes a atual capacidade do alambique de Itatiaiuçu. “Fabricamos, em média, mil litros/dia e entre 300 mil a um milhão litros/ano. Com o segundo alambique vamos aumentar em 1000% nossa produção”, destaca.  Ainda segundo o empresário, já foram gerados dez empregos diretos e alguns indiretos e a expectativa é de um crescimento no faturamento em torno de R$ 4 bi/ano.

 

No novo alambique, serão produzidas cachaças já existentes na carta de bebidas da empresa e também a nova linha Premium, produzida com cachaças envelhecidas em carvalho americano e francês.

 

Além disso, a empresa acaba de inaugurar no centro de Miami (EUA) a Pendão Spirits USA, escritório destinado a expandir os negócios da Pendão no mercado externo. “Investimos cerca de U$ 500 mil nesse processo e a expectativa é triplicar nossas vendas no exterior”, afirma Viotti, para quem o acordo assinado entre os governos dos Estados Unidos e Brasil, que reconhece a cachaça como produto tipicamente brasileiro, elevou o potencial de comercialização da bebida na América do Norte. “Estamos aproveitando essa oportunidade para ampliar nossa área de atuação e fortalecer a Cachaças Pendão também como uma marca internacional”, reforça.

 

A organização de uma estrutura própria em Miami vem para reforçar as relações comerciais com cidades que já comercializam a Pendão, como Orlando e Londres. O novo escritório também será um importante facilitador para as metas de exportação do alambique. “Estamos preparados e acertando últimos detalhes de contratos. Para os próximos meses, enviaremos nossos produtos para países como Inglaterra, Canadá, França e Irlanda”, conta Viotti.

 

Crescimento

No Brasil, a Pendão possui representação em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. E a empresa está se organizando para, até 2014, abrir novos mercados com vendas em todos os estados brasileiros. Para isso, Giovanni Viotti investiu na aquisição de uma sede própria (inaugurada no bairro Boa Vista, onde passa a funcionar toda a parte administrativa da empresa e também a comercialização de produtos) e no aumento da frota, que ganhará mais veículos que contribuirão para um considerável aumento da distribuição de produtos junto aos parceiros.

 

A Cachaças Pendão

A Cachaça Pendão está no mercado desde 1995 e hoje é uma das mais renomadas do segmento artesanal. Apenas em 2012, as cachaças Bidestilada e Carvalho, rótulos produzidos pelo alambique, foram premiados com duas medalhas de prata no Concurso Mundial de Bruxelas (uma no concurso realizado em Bruxelas e outra no Brasil) e uma medalha de prata no San Francisco World Spirits Competition. Durante a Expocachaça Dose Dupla 2012, realizada em São Paulo, a empresa conquistou mais duas medalhas de prata. Cerca de 50 marcas foram avaliadas por especialistas durante o evento.

“Cachaça é coisa boa, ninguém pode duvidar. Ela é filha do alambique, neta do ‘canaviá’”. Concorda? Se ficou na dúvida, pergunte às mulheres. Talvez sua mãe, tia, esposa, prima ou amiga possam responder melhor. Branquinha, “marvada”, venenosa, não importa o sinônimo: a velha e boa cachaça caiu no gosto da mulherada. Ou melhor, na boca. 

Se você ainda duvida que a cachaça deixou de ser “coisa de macho”, talvez mude de ideia ao olhar na mesa do lado no bar onde está bebendo. Nos últimos anos, cresceu o consumo desse gênero de bebida e o certo é que nunca antes na história deste país (parafraseando o ex-presidente Lula, apreciador de uma boa cachaça), o público feminino tomou tanta pinga. De boa qualidade, diga-se de passagem. 

A funcionária pública Juliana de Souza Uchoa Cavalcanti, 28, conta que sempre gostou de apreciar a bebida e fortaleceu o hábito à medida em que o mercado foi ampliando a variedade de rótulos. “Os sabores foram se adequando ao gosto popular. Hoje em dia é muito mais fácil tomar cachaça, pois existem aquelas mais fracas, mais doces. E isso aumentou meu consumo”, explica. 

Fenômeno anormal? Não. Justiça seja feita. Assim como a vodca é tradição na Rússia, a cerveja na Alemanha ou a tequila no México, nada mais normal que a cachaça ocupe o posto de bebida-símbolo no Brasil, embora, de acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), não haja estatísticas sobre o perfil de consumo feminino no Brasil. O órgão agrega associações e produtores da bebida. 


Também não há estudos oficiais sobre a frequência com que as mulheres consomem cachaça, principalmente as refinadas, mais procuradas. Parte-se do princípio de que elas bebem em ocasiões especiais ou para degustar o produto. “Tomo mais quando estou com amigos e existe aquele brinde especial. Mas às vezes bebo para apreciar e prefiro as medianas, com gosto mais doce”, destaca Juliana.

Quem é produtor, confirma que o consumo da bebida entre as mulheres vem crescendo nos últimos anos. “Diria que hoje a proporção de mulheres e homens que gostam de cachaça é de 50% para cada. Como elas são mais atentas a detalhes, acabam provando para atestar a qualidade”, diz Pedro Gomes de Oliveira Júnior, proprietário da Agroindústria São Pedro. Ele é fabricante da Cachaça Triumpho, produzida no Engenho São Pedro, em Triunfo, no Sertão do Pajeú. 

Segundo o empresário, boa parte das vendas do produto no engenho, cujas garrafas custam entre R$ 18 e R$ 28, é creditada ao público feminino. A tendência, na sua avaliação, é de que a cachaça vai aumentar ainda mais sua participação no consumo entre as mulheres. “A bebida já foi reconhecida como um produto genuinamente brasileiro. Tanto que temos uma produção especial de apenas 20 mil litros por ano, que é mais requintada e selecionada”, destaca. 

Opinião semelhante tem José Moisés de Moura, proprietário do conhecido Museu da Cachaça, na cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte. “Hoje a cachaça está mais elitizada e as mulheres têm consumido mais, buscado conhecer as marcas do mercado”, atesta. No museu, Moura conta que há mais de 12 mil rótulos em exposição e mais de 150 marcas comerciáveis. Valores? Entre R$ 20 e R$ 500 por garrafa, dependendo do rótulo, ano de produção e processo de fabricação.


Foco no mercado
O aumento no consumo de cachaças refinadas pelas mulheres não acontece por acaso. Engana-se quem pensa que o gosto delas pela pinga de alambique ocorreu por mera influência masculina. Ao contrário. Agora, as empresas têm investido pesado na busca por variações da bebida que atraiam as mulheres. Um bom exemplo é a cachaça Santa Dose, lançada recentemente pelo grupo Carvalheira. 

“De um modo geral, acreditamos que o aumento no consumo pelas mulheres deve-se ao mercado, que tem investido no setor de bebidas premium, incluindo a cachaça mista, que é o caso da Santa Dose. É uma cachaça mais branda, com 17° de graduação alcoólica e misturada ao mel e limão. Pode ainda ser consumida gelada”, pontua Victor Carvalheira, diretor comercial do grupo Carvalheira. 
 

Nos supermercados, segundo ele, uma garrafa da Santa Dose custa, em média, R$ 24. Nas cachaçarias e bares do Recife, por exemplo, a marca é uma das preferidas entre as mulheres. Acaso? Não para a Carvalheira. “A proposta ao criarmos a Santa Dose foi atrair jovens e mulheres. Se o consumo de outras bebidas tem diminuído, parte disse se deve às boas variações de cachaças do mercado.”

Daniel Barbosa, mâitre da Cachaçaria Tradição, uma das mais movimentadas da Zona Norte do Recife, comunga da opinião de Victor. No local, uma cachaça conhecida pelo sugestivo nome de “Chicletinho” (Jurubeba Nordestina) e sabor de tutti-frutti é a preferida da mulherada. A bebida, inclusive, literalmente bomba nas baladas. A dose custa R$ 4,90 e ele diz que às quintas e aos sábados o consumo é ainda maior. “São mulheres entre os 20 e 40 anos que gostam mais por que é feita com cachaça de cabeça. O sucesso é tanto que criamos uma variação raspa-raspa, que custa R$ 7,60.” 

Como cachaça faz parte da vida dos nordestinos, nada como conhecer um pouco mais sobre este universo. Tanto que o espaço Santander Cultural vai promover, a partir do dia 5 de novembro, uma exposição cultural que vai mostrar cerca de 400 rótulos de cachaças fabricadas e comercializadas nas cidades ribeirinhas do Rio São Francisco. Gostou? Então, aprecie com moderação e se beber não dirija.

Ganhou tenência.

O primeiro passo, talvez, na sua escalada para atingir o status de bebida genuinamente brasileira veio do aval de -- apenas -- dois presidentes da República que não esconderam a sua preferência por uma saborosa branquinha: Jânio Quadros e o Lula. Do primeiro, contou-me o Villas-Boas Correa que o acompanhou por todo o Brasil na campanha presidencial, que muitas vêzes de manhã ele entrava numa birosca e pedia um café ... pingado ... com uma pinguinha! 

E o Lula sempre assumiu que um operário alivia as mágoas com uma gole da "marvada". Tão Brasil!


Como se não bastasse, em abril de 2012, a Presidente Dilma assinou um acordo com o governo dos Estados Unidos, pelo qual ambos os signatários reconhecem que a nossa tão querida cachaça é um produto genuinamente brasileiro. E eis a nossa presidente e o Obama -- quem diria -- sorvendo uma cachacinha de lei!


Em troca, o Brasil reconhece que Bourbon e Tennessee são uísques “legitimamente americanos”.

Mas vamos mais longe na recolocação da cachaça no seu novo patamar de uma bebiba tão boa quandto a tequila, o rum e a eau-de-vie, francesa. 

Primeiro: a última edição do catálogo das indicações geográficas brasileiras, por exemplo, elaborado este ano de 2012 pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual, em parceria com o SEBRAE, confere às cachaça de Paraty (RJ) e à Salinas, de Minas, o registro de IG porque reconhece que a história da cachaça e a dessas duas regiões históricas da rota do ouro se confunde desde o século 18 com a produção de cachaça. 

E, hoje, a sua produção obedece à uma normativa técnica tão rígida que permite incluir na proteção legal inclui a cachaça (simples), a envelhecida, a premium e a aguardente de cana composta, azulada.

Segundo: a empresa que produz a Velho Barreiro comunicou ao mercado no Natal do ano passado o lançamento da cachaça mais cara do mundo --- a R$ 212 mil, cada garrafa. Será a Velho Barreiro Diamond , com armação em prata e ouro e cravejada por 211 diamantes. No centro do rótulo da embalagem, a bebida traz encrustrada um diamente de 0,7 quilate. 


Ao todo, "são 7, 3 quilates de pura cristalina" – como se dizia no nordeste d’antanho: papagaio! 

É pouco?

Né não: a cachaça Anísio Santiago, que já se chamou Havana, venda cada dose mais caro do que uísque. 

Em Salinas, norte de Minas, onde é feita, circula como moeda. O fabricante até paga os empregados com garrafas da bebida. Cada garrafa de 600 ml é vendida a R$ 358,00 e os empregados que a produzem recebem duas garrafas por semana como salário -- e as vendem para o comércio local, ganhando o dobro do salário dos seus congêneres

 

THE END

 

 

 

 

 

RECONHECIMENTO DA CACHAÇA DE SALINAS

Fonte: Flavia Pierry - Globo Economia 17/07/2012

 

BRASÍLIA - A produção de cachaça artesanal de Salinas (MG) fica mais protegida, a partir desta terça-feira, de falsificações e da concorrência desleal de produtores de outras regiões que tentem vender suas bebidas como se fossem produzidas na cidade mineira. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) deferiu hoje o pedido de concessão do selo de Indicação Geográfica para a cachaça de Salinas, um processo aguardado pelos produtores desde 2009. São apenas 21 as indicações que já foram concedidas no país pelo INPI, e essa é a segunda região brasileira reconhecida pelo órgão com indicação de procedência para a produção de cachaça, após Paraty.

Um processo de requisição de indicação geográfica costuma demorar cerca de um ano, se não houver manifestação contrária, de acordo com o INPI. Mas no caso de Salinas, algumas particularidades, como o registro do nome Salinas como marca no passado, atrapalharam o reconhecimento.

- Vemos que a indicação geográfica é um conhecimento de algo que já existe. Salinas comprovou que a reputação (na produção de cachaça) vem de muito tempo, muito anterior à marca Salinas. A indicação vai melhorar a distinção do consumidor em relação ao produto e fomentar o desenvolvimento regional – afirma Luiz Cláudio Dupin, coordenador de Fomento e Registro de Indicações Geográficas do INPI.

A expectativa dos produtores da região é grande com o reconhecimento. Para produtores de nicho, como os de Salinas, isso faz toda a diferença. Afinal, por serem produtores de cachaça artesanal, com escala reduzida e que não tem capacidade de expandir muito, a indicação é uma das formas mais imediatas e possíveis de agregar valor ao produto e reduzir a competição desleal com cachaças que não são regularizadas.

- Vamos evitar que cachaças de outras regiões usem a denominação de Salinas - afirmou Nivaldo Gonçalves, presidente da Associação de Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (Apacs). - É um sinal muito importante para a gente poder divulgar para as pessoas. A gente tem notícias de muitas cachaças falsificadas, de tudo quanto é lugar, vendendo como de Salinas - explica Gonçalves.

Segundo o INPI, o processo de indicação geográfica elevou, por exemplo, em 30% o preço da carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, que recebeu a indicação em 2006. Já a cachaça de Paraty, que teve indicação geográfica concedida em 2007, conseguiu ajudar os produtores da região a venderem toda a sua produção, o que não acontecia antes da indicação, e hoje a cachaça da cidade já figura entre as mais reconhecidas do país.

“O reconhecimento do território como uma indicação geográfica proporciona visibilidade nacional e internacional aos produtos produzidos no local, possibilitando acesso a novos mercados e sinalizando ao consumidor que os produtos distinguidos por esse sinal distintivo apresentam uma origem específica e agregam o histórico de práticas tradicionais e regionais que o diferenciam de outros produtos similares no mercado”, afirma o INPI, em nota.

Ao contrário do que é praticado por outros selos (como o do Inmetro), o Inpi não cobra pela utilização do selo da indicação geográfica nos rótulos dos produtos. Além disso, a manutenção dos processos envolvidos na indicação geográfica caberá aos próprios produtores de Salinas, conforme a proposta de regulação feita ao INPI no pedido pelo reconhecimento.

- Um dos pressupostos para obter é ter um comitê gestor, com associados da APACS mais parceiros, como o Emater e o IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Esse comitê irá avaliar quem quiser se submeter a ter o selo e terá de enviar pedido ao comitê. Serão analisados a procedência da cana, se está na região de até 5km do limite definido na indicação geográfica. Mas não poderá comprar cachaça feita fora dos limites da região (e envasar ou destilar). Irá durar um ano o selo e o produtor precisará ser avaliado de novo para ter direito a usar o selo por mais um ano – explica o presidente da APACS.

A região compreendida pela indicação de procedência Salinas possui uma área total de 2541,99 Km{+2}, abrangendo a totalidade dos municípios de salinas e Novorizonte e parte dos municípios de Taiobeiras, Rubelita, Santa Cruz de Salinas e Fruta de Leite, todos situados ao norte do estado de Minas Gerais.

 

 

 

 

 

CACHAÇA NO ESTADO DA PARAIBA

 

Roteiro mistura história e degustação de cachaça pelo interior da Paraíba

Fonte: Eduardo Vessoni (UOL Viagens)
 

Os efeitos colaterais são visíveis. Os olhos quase não piscam diante de cada um dos detalhes sobre engenhos e escravidão; o sorriso parece não caber na boca com as deliciosas histórias contadas sobre tempos passados; e o corpo começa a ficar mais relaxado logo após a segunda degustação de cachaça. Esses são alguns dos (agradáveis) sintomas para quem realiza a rota 'Caminhos dos Engenhos', no interior da Paraíba.

Pode parecer história de fazendeiro exagerado, mas bem longe da cobiçada costa litorânea paraibana o viajante encontra um inesperado roteiro turístico que inclui visita a antigos engenhos produtores de cachaça, casario histórico bem preservado e um clima de interior com direito até a friozinho serrano.

Localizada no Brejo paraibano, uma microrregião daquele estado formada por serras e vales, Areia é uma das principais portas de entrada. Esse pequeno município de 23 mil habitantes, que no século 17 servira de parada de tropeiros que seguiam para o sertão nordestino, abriga um belo conjunto arquitetônico declarado Patrimônio Histórico Nacional, em 2005.

É lá que estão o Teatro Minerva, obra de 1859 considerado o primeiro teatro da Paraíba, a casa onde nasceu Pedro Américo, o artista que pintou o famoso 'Grito do Ipiranga', e dezenas de casarões do período em que a região era formada por engenhos de açúcar.

Areia abriga os primeiros engenhos da Paraíba a contarem com máquinas a vapor.
Outro dado curioso é que essa cidade de tendências abolicionistas antecipou-se à Lei Áurea e, dias antes, libertou os últimos escravos que trabalhavam na região. O que não deve faltar são altas doses de boas histórias contadas nos engenhos locais visitados. Moderação só no nível de álcool ingerido.

Estabelecimentos como o Engenho Triunfo, estabelecimento que produz 250 mil garrafas por mês e que ficou conhecido pela produção natural que não utiliza nenhum produto químico, e o Engenho Vaca Brava, um engenho histórico de 1860 administrado pelo divertido e falante Aurélio Leal Freire.

Se depender do 'Seu' Aurélio, o engenho deve continuar como nos velhos tempos das máquinas francesas compradas na década de 50. “Enquanto eu estiver vivo, ninguém tira essas ferragens daqui. É um maquinário histórico”, ameaça com tom de voz mais elevado o simpático senhor de mais de 80 anos.

Sem dúvida, esse é um dos pontos máximos da viagem pela zona rural da região. O proprietário, cujo estabelecimento recebe os visitantes de forma improvisada (mas não menos acolhedora) pois ainda não possui estrutura voltada para o turista, é capaz de dar um show na hora de contar histórias da época de José Rufino, personagem local que morou em uma casa equipada com uma senzala, e ao descrever, detalhadamente, o processo caseiro de preparação da sua cachaça.

A vizinha Bananeiras, a quase 30 km dali e a 552 metros sobre o nível do mar, é outro destino que merece uma visita. Esse município de passado colonial, recortado por ladeiras e sobrados do século 19, foi o maior produtor de café de toda a Paraíba e abriga um casario com 80 construções catalogadas pelo IPHAEP.

A região abriga também o histórico engenho Goiamunduba que, desde 1877, fabrica a cachaça 'Raínha', um clássico da Paraíba. A cidade ainda conta com outras construções históricas como um túnel de trem de 1922 e um cruzeiro do final do século 19 localizado a 507 metros de altura, além da Cachoeira do Roncador, uma queda d'água de 45 metros.

Entre julho e agosto, quando a região chega a registrar temperaturas de até 12°, o Brejo paraibano serve também de cenário para o evento 'Caminhos do Frio'. Areia, Bananeiras e Alagoa Grande são algumas das cidades que recebem os visitantes com atividades como exposições de artesanato, apresentações de dança e de grupos folclóricos, shows de forró pé-de-serra, oficinas culturais e passeios como trilhas e visita aos engenhos locais.

Se depender do alto número de histórias contadas sem moderação, o visitante deve deixar a região viciado por uma das mais agradáveis opções turísticas e históricas de toda a Paraíba.

 

 

APLICATIVO PARA IPHONE E IPAD

Aviso aos amigos que utilizam Iphone e Ipad e que curtem cachaça foi lançado hoje um aplicativo único para Cachaça, desenvolvido por mim em parceria com Adriano Souza. Chama-se CACHAÇA BRASIL, nele vc encontra um cadastro de milhares de cachaça com sua respectiva madeira de envelhecimento, graduação alcoolica, cidade e estado de produção e vc ainda pode escolher a sua cachaça de preferencia e coloca-la numa lista especifica sua como as preferidas. Baixem o aplicativo e se divirtam. Sugestões e criticas serão bem vindas basta enviar um email pelo link contido no aplicativo.

 

CACHAÇA OURO, PREMIUM E EXTRA PREMIUM, QUAL A DIFERENÇA?

 

Vocês já depararam numa prateleira de uma cachaçaria cachaças com titulos de OURO, PREMIUM e EXTRA PREMIUM. Vamos entender qual a diferença entre elas. Primeiramente estamos falando de cachaça envelhecida, ou seja, cachaça que tem passado um ou mais anos de envelhecimento, sem o qual sua classificação seria ARMAZENADA ou DESCANSADA.

CACHAÇA OURO - uma cachaça é chamada de ouro quando tem de um a tres anos em barris de madeira podendo ter no maximo 50% de cachaça pura na mistura.

 

CACHAÇA PREMIUM - uma cachaça é chamada de premium quando tem de um a tres anos em barris de madeira tendo 100% dela neste periodo de armazenamento no tonel

 

CACHAÇA EXTRA PREMIUM  - uma cachaça é chamada de extra premium quando tem 100% da bebida envelhecida em madeira  acima de tres anos

 

Participem do concurso do rótulo de cachaça da Cooperativa 7 Engenhos de Quissamã.

Regras, premios, prazos e demais condições vejam no site:  www.7engenhos.com.br. Boa sorte a todos!

 

Foi realizado dia 05 DE JUNHO o concurso de cachaça promovido pela FIRJAN, SEBRAE, APACERJ e MINISTERIO DA AGRICULTURA com  43 rótulos obtendo o seguinte resultado:

 

Cachaça Pura:

1º Lugar - RESERVA DO NOSCO - Itatiaia

2º Lugar - ENGENHO DOURO - Paraty

3º Lugar -  PEDRA BRANCA - Paraty

Cachaça Armazenada ou Descansada:

1º Lugar - PEDRA BRANCA - Paraty

2º Lugar - WERNECK - Rio das Flores

3º Lugar - MENINA DO RIO - Sapucaia

 

Cachaça Envelhecida:

1º Lugar - MAGNIFICA RESERVA SOLEIRA - Vassouras

2º Lugar - RESERVA DO NOSCO - Itatiaia

3º Lugar - PETISCO DA VILA - Rio de Janeiro

 

Parabens pelo sucesso destas cachaças! Confesso que foi uma disputa acirrada e que deu trabalho para os jurados!

Informo aos amigos e visitantes deste site  que o livro VIAGEM AO MUNDO DA CACHAÇA, lançado recentemente em várias capitais do País está disponível à venda nas seguintes livrarias:

 

  • Livraria da Travessa (RJ)

  • Livraria Saraiva (todo o Brasil)

  • Livraria da Cultura (todo o Brasil)

  • FNAC (todo o Brasil)

  • Livrarias Curitiba (SP, PR, SC, RS)

  • Cachaçaria Garapa Doida (RJ)

  • Livraria Beco das Letras (RJ)

  • Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (RJ)

  • Clube Mineiro da Cachaça (MG)

  • Restaurante Cafe do Bom, Cachaça da Boa (RJ)

  • Galeto Sat's Copacabana (RJ)

  • Cariocana Jacarepaguá (RJ)

  • Tonel e Pinga de Niteroi (RJ)

  • Cachaçaria Vô Milano do Mercado Central de Curitiba (PR)

  • Entreposto Santa Teresinha (ES)

  • Delicatessen Kaxassa (PR)

  • Solicitando via email contato@mundodacachaca.com ou pelo site www.feiradacachaca.com.br ou

        ainda pelos sites www.cachacaexpress.com.br//outros/livros.html ou 

        www.salobracachacas.com.br

  • Pelos sites do Mercado Livre,  Editora New Books, das livrarias e outros pontos de venda em todo o País.

Bem-vindo ao nosso site

Este é um espaço aberto para que possamos divulgar a qualidade da nossa cachaça. Aqui o apreciador poderá conhecer novos rótulos, divulgar seus produtos  e eventos ligados à cachaça. Fazer perguntas sobre o processo produtivo, tipos de aguardentes, qualidades e tecnicas de cada uma delas, sugestões, etc. Aqui podemos falar de cachaça com todo o prazer de degustá-la. VENHAM TODOS FAZER ESTA VIAGEM AO MUNDO DA CACHAÇA!

Notícias aos visitantes

Trate sua página de "Notícias aos visitantes" como se fosse um verdadeiro diálogo sobre a cachaça (industrial ou artesanal), conhecendo as novidades os eventos e toda a história da cachaça. Venham fazer parte deste mundo, compartilhar suas experiências e dividir prazeres de uma excelente degustação.

Novidades

Ressurreição do Pró Cachaça

11/04/2011 16:29
Adormecido há quatro anos, o Pró-Cachaça será ressuscitado pelo governo de Minas, que deseja associar a tradicional bebida artesanal, criada na época do Brasil colônia, ao nome do estado, a exemplo do uísque escocês, da vodca russa, do champanhe francês e da tequila mexicana. O primeiro passo será...

Cachaça Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro

23/02/2002 01:22
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