História da Cachaça

Conheça um pouco sobre a história da nossa bebida 

O primeiro engenho de açúcar de que se registro no Brasil foi instalado em Pernambuco em 1516, pelo administrador colonial de agricultura Pedro M. Capicó. A intenção era de promover a produção de açúcar na Feitoria de Itamaracá naquela Capitania.

Dezesseis anos depois chegava ao Brasil a expedição de Martin Afonso de Souza, na Capitania de São Vicente, litoral paulista que abrangia uma pequena área hoje pertencente ao Estado do Rio de Janeiro, mais precisamente a região de Paraty, município fluminense. Martin Afonso, donatário da Capitania fundou a Vila de São Vicente, iniciou o plantio de cana trazida de Portugal e construiu os engenhos Madre de Deus, que não existe mais e o Engenho do Governador ou Engenho dos Eramos, este último em ruínas que constitui hoje um sítio arqueológico administrado pela Universidade de São Paulo, aberto à visitação pública.

Há registros de que na Capitania de São Vicente começou a produção de cachaça, embora a notícia chegou rapidamente à Pernambuco que também começou a produzir a bebida. Em 1630 a Feitoria de Itamaracá – Pernambuco, já exportava cachaça, mas, como a produção de açúcar era mais rentável, optaram por dedicar-se a esta produção.

Enquanto isto a produção de cachaça ia de vento em popa na Capitania de São Vicente, a cachaça servia para aliviar a fome e o cansaço dos escravos aumentando o rendimento destes, mas rapidamente virou verdadeiro comércio, inclusive como moeda de troca.

Este promissor mercado desestabilizou o mercado da aguardente portuguesa, a bagaceira, e o vinho do porto.

Somente em 1808 com a vinda de D. Joao VI para o Brasil com toda a Corte Real Portuguesa, fugindo de possíveis ataques do ditador francês Napoleão Bonaparte e a Abertura dos Portos às Nações Amigas, que a cachaça tornou-se um dos principais produtos da nossa economia.